MATÉRIA - REVISTA PODER

Olá !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Segue abaixo uma matéria publicada na Revista Poder, da Joyce Pascowitch (do Glamurama, saca?), sobre o papitão magnata!!! Vale a pena ler tudo, a matéria fala sobre sua trajetória na TV e seus (poucos) negócios! Espero que gostem =D

Para comprar a revista, segue o link com os endereços (não, pra variar não estou ganhando nenhum puto de ninguém pra fazer a propaganda, HAUAHAUAAHU RAAAAAI AAIIII JUAÁÁÁA!!!)

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Bjinhuuus

Pri Bloghetchy / Priderneiras

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POP, POP, POP

por Camila Garcia

fotos Daniel Aratangy




POP, POP, POP
Ele criou a imagem do apresentador que fala com os jovens – e lucra muito com isso. mas o que pouca gente sabe é que marcos mion, quase aos 30 anos, virou um empresário maduro
Perto de completar 30 anos, Marcos Mion é um profissional velho de guerra. Engana-se quem pensa que o apresentador e ator passa o dia falando e pensando besteira. Apesar da fisionomia de quem sempre está zombando de tudo, ele chegou para a entrevista, marcada em um de seus cinco escritórios, assim: de terno, gravata e colete. Difícil convencer? Pode ser. Mas os números não mentem. Mion conseguiu ao longo de quase 12 anos de carreira na televisão criar uma imagem do cara que fala para os jovens, que é criativo e não se prende a padrões. E isso interessa, e muito, à publicidade. Só em 2008 ele anunciou mais de 12 marcas em seus dois programas na MTV: o Descarga, uma das maiores audiências da casa, e o Quinta Categoria.
Além disso, tem um blog, considerado um dos mais visitados do país. Num único dia chegou a ter 200 mil page views. Mion não é pessoa de falsa modéstia. Mas, mesmo assim, admite que se assustou com o poder da nova mídia. Para não decepcionar os fãs, passou a dedicar mais tempo à atualização dos posts. Ela é feita a cada dois dias, sempre depois da meia-noite, quando a mulher e os dois filhos deles (Romeo, de 3 anos, e Donatella, de 3 meses) já estão dormindo. Sim, ele é casado e tem família. Há quatro anos, saiu da casa dos pais para casar com a socialite Suzana Gullo. “Tenho uma vida careta e adoro isso”, diz sem constrangimento algum.
Bem-nascidoFilho de médicos – o pai é nefrologista e a mãe psicanalista –, Mion sempre teve uma vida confortável. Estudou em bons colégios e quando tinha 9 anos foi morar no Iowa, nos Estados Unidos, porque os pais foram trabalhar lá. Ele lembra que era gordinho, não falava inglês e foi muito difícil se adaptar a todas as mudanças. “Foi meu primeiro grande amadurecimento, uma experiência que me mudou para sempre. No fim dos quatro anos estava tão bem lá que não queria voltar”, confessa.
As mordomias oferecidas pelos pais nunca tiraram a sua vontade de ser independente. Quando entrou na Faculdade de Filosofia da USP, aos 17 anos, ganhou um carro zero. Mesmo assim dava aulas de teatro para crianças e à noite atuava como garçom do badalado restaurante paulistano Spot. “Os outros garçons me chamavam de Marcos Blazer, por causa do carro”, diverte-se.
Foi por causa do teatro que ele estreou na TV. Um olheiro viu uma apresentação de fim de ano na escola teatral Célia Helena e fez o convite para ele fazer parte do elenco do seriado Sandy & Junior, na Globo. “Queria viver de teatro, tinha preconceito contra a TV, mesmo. Demorei para aceitar, mas fiz um plano, ia fazer meu nome na TV para ter público no teatro.”
Na televisão, Mion teve uma ascensão meteórica. Depois de um ano na Globo começou a traçar o caminho que realmente queria: “Sempre tive os olhos na MTV, era um sonho de adolescência trabalhar lá”, conta. “Já tinha tentado antes, mas só aconteceu quando estava na Globo. Todo mundo achou que eu era louco, mas aceitei o convite na hora.” Em seis meses, Os Piores Clipes do Mundo, programa que ele comandava, era um sucesso. Mion mostrava os absurdos nos clipes, imitava os cantores. Era um humor diferente para a época.
Aquele garoto engraçado de 19 anos começou a chamar a atenção da mídia. E logo foi para a TV Bandeirantes. De cara ganhou um programa diário, ao vivo e em horário nobre. O Descontrole ficou três anos no ar e o deixou conhecido em todo o país. Só para se ter uma idéia do sucesso que Mion fez na época, a produção da Band distribuiu máscaras com o rosto dele no carnaval de Salvador. Um dia, que ele não se esquece, seu celular tocou e do outro lado da linha estava Ivete Sangalo. “No começo achei que era trote, mas fui reconhecendo a voz e percebi que era ela, mesmo. Disse que queria me dar os parabéns, que o programa era massa. Foi a primeira vez que ouvi essa expressão.”
Ele não fala em números, mas diz que com 21 anos recebia um salário compatível ao de um alto executivo e pôde comprar seu primeiro apartamento, nos Jardins.
Mais maduro, faz uma análise do que aconteceu na época. “Era muito moleque, me deram uma Ferrari e eu acelerei com tudo”, explica. “Recebia crítica nos jornais diariamente, mas não fazia o programa pensando neles e sim nos jovens.”
Até que num belo dia, de uma hora para outra, não era mais a grande estrela da casa. Seu contrato não foi renovado e ele estava fora do ar. Mion teve um choque. Não conseguiu nem ser recebido pela direção da casa para saber o que estava acontecendo. “Tinha 30 pessoas contratadas para o programa que seriam despedidas. Fiquei desesperado e cheguei até a colocar meu talento em dúvida”, conta. “Eu me desiludi demais com a TV. Tinha entregado minha vida à Bandeirantes.”
Para se recuperar do golpe, foi passar uma temporada na Europa. Foi nesse período sabático que resolveu diversificar os negócios e deu início à carreira de empresário. “Entendi que ninguém se mantém no topo do jogo sempre. Tudo é cíclico”, filosofa.
Hoje ele é sócio da Disco, uma das casas noturnas com maior vida útil de São Paulo – já são oito anos no topo –, de dois restaurantes, a Casa Pizza e o Yabany, e da marca de roupas V.Rom, com Alberto Turco Loco. Seu mais novo negócio é um resort em Porto Feliz, cidade a uma hora de São Paulo, que acabou de ser inaugurado. “Gosto de ir onde está faltando algo, não gosto de ser mais um dividindo a mesma fatia. A frase que eu mais gosto de ouvir dos outros é: como eu não pensei nisso antes”, diz.
Hiperativo e workaholic, supervisiona tudo de perto. Nessas horas, nada de brincadeira. Negócios, para ele, são coisa séria. Por isso, muitas vezes, troca a roupa mais informal pelo terno e gravata. Mion costuma almoçar nos seus restaurantes, badalar na sua boate, passar os fins de semana em seu resort e visitar a fábrica da V.Rom, no bairro do Ipiranga, pelo menos uma vez por semana. A marca é hoje a grande menina dos olhos do apresentador. Tanto que ele próprio desenha 15% da coleção e ainda escolhe os tecidos para as peças piloto. Até o quadro de vendedores da loja é ele que faz. “Gosto de procurar tecidos bacanas, de desenhar com os estilistas peças de alfaiataria. Quero expandir a marca em 2009.”
No Yabany dá palpites no cardápio. Na Disco, com os outros sócios, está sempre em buscas de novos deejays, de noites diferentes. “Dou meu pitaco em tudo, mesmo. Sou um sócio participativo.”
Mas, apesar de adorar a vida de empresário, Mion explica que seu principal negócio é mesmo a TV. Por isso, dez meses após sair da Band, começou a sentir saudades do vídeo. “Passei um mês martelando isso na cabeça, e depois desse tempo decidi ligar para o André Mantovani, que era o diretor-geral da MTV, para pedir para voltar”, diz. “Sabia que seria criticado, massacrado, mas só me imaginava trabalhando na MTV. Mas também não sabia qual seria a reação deles, já que não tinha saído muito bem da primeira vez. Tive de passar por cima do meu orgulho, porque eles tinham me processado.”
Mion conta que ensaiou a frase que diria a Mantovani: “Estando separados a gente não tem mais nada a perder, mas juntos acho que a gente ainda pode ganhar muito”. Emplacou. No dia seguinte foi tomar café da manhã com o diretor de programação que fez o convite para que voltasse. “Voltei sabendo jogar o jogo.” Ele tem razão. Contrariando críticas e expectativa geral, Marcos Mion conseguiu se reinventar e voltar ao sucesso. “Estou na minha melhor fase profissional, mais seguro e maduro.”
TragédiaMion descobriu sua vocação para o teatro e seu talento para um tipo de humor diferente, inusitado, depois de passar pela história mais trágica de sua vida. Aos 14 anos, perdeu o irmão de 18 anos e grande ídolo num acidente. “Depois da morte do meu irmão entrei em depressão profunda, engordei 20 quilos, não conseguia mais sorrir. Foi aí que minha mãe me levou a uma escola de teatro. O teatro me salvou.”
Por isso, apesar da vida corrida e dos milhares de compromissos profissionais, ele faz questão de atuar. “Teatro é fundamental, é minha sanidade mental.” No momento está sem alvará da esposa, como costuma brincar. É que depois de praticamente emendar duas peças, Suzana pediu que ele desse um tempo. “Por causa de uma peça e uma novela da Record que estava fazendo no Rio, passei seis meses pegando ponte aérea todos os dias só para colocar meu filho para dormir e jantar com a minha mulher. Foi uma loucura, mas valeu a pena.”